“CUIDADOS COM A SAÚDE FINANCEIRA”

A atual melhora na longevidade da população pode ser resultante de vários fatores, tais como: índices de fertilidade reduzidos, queda nas taxas de mortalidade em todas as faixas etárias, melhores tratamentos médicos, mudanças no estilo de vida, alimentação balanceada, entre outros. Considerando a óbvia importância de cuidar da saúde física para viver mais, por que também não cuidarmos de nossa “saúde” financeira e assim aproveitamos com mais tranquilidade esse tempinho extra na terra? É sabido que a maioria das doenças são silenciosas e assintomáticas que, em determinado momento e/ou por alguma circunstância, acabam se manifestando. Felizmente, a medicina continua avançando e cada vez mais os exames são mais rápidos e precisos nos diagnósticos de uma enorme gama de enfermidades. Nesse contexto, podemos dizer que os cuidados com a saúde financeira se equiparam aos com a saúde física. A prevenção, por meio de checkup e diagnóstico precoce, normalmente traz soluções mais eficazes e propiciam tratamentos menos amargos, caros e dolorosos. A pessoa que limita seus gastos ao valor que ganha, independentemente da renda, aparentemente parece que está bem. Com o passar do tempo, quando a capacidade de gerar renda diminui, por vários motivos, a pessoa acaba não tendo o dinheiro suficiente para cuidar de si, porque nunca economizou, e acaba dependendo dos outros. Mesmo que a pessoa tenha poupado um pouco, talvez o valor não seja suficiente para realizar tudo o que desejou na sua vida. Incluindo nessa conta, uma merecida aposentadoria com dignidade. Esse mesmo paralelo entre finanças e saúde física também se estende para todo o ciclo de vida. Por isso, inúmeras pessoas que desejam hábitos saudáveis, buscam profissionais para assessorarem no aprimoramento de seu condicionamento físico e de sua nutrição. Da mesma forma, ocorre com as finanças, que, invariavelmente, requerem um adequado planejamento financeiro.  Na maioria das vezes, o dinheiro vem do trabalho que é resultado do esforço de cada pessoa e, por esta razão, merece um tratamento digno. Sempre haverá aspectos a serem melhorados nas finanças, assim como nos tratamentos das doenças. É importante ressaltar que, por estarem relacionados, os cuidados com o corpo e com as finanças podem se influenciar mutuamente, uma vez que a persistência dos problemas financeiros pode acabar levando a doenças como depressão, cardiopatias, alzheimer, diabetes, etc. Tais situações podem, inclusive, levar as famílias à ruína financeira, caso não estejam devidamente amparadas.

Cláudio Sá Leitão – Conselheiro pelo IBGC e CEO da Sá Leitão Auditores e Consultores.

PUBLICADO NO JORNAL DO COMMERCIO EM 03.09.2019